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26/09/2016

26 de Setembro – Dia do Internacionalista

As duas grandes guerras mundiais, o embate ideológico entre Estados Unidos e a então Ex-URSS (União Soviética), aquele onze de setembro de 2001, a primavera árabe, a crise internacional, etc. Não é preciso ser um grande estudioso, nem ter vivido tanto, para compreender a importância destes eventos para as sociedades, isso graças à velocidade da informação e ao poder midiático.

Mas, o que aconteceu antes e durante estes fatos? Quais suas reais causas e conseqüências? E as tantas outras guerras, conflitos e crises? O que está acontecendo agora? Nem todos têm, tão facilmente, as respostas para estes questionamentos, daí a necessidade de se dedicar ao estudo das Relações Internacionais (RI), enquanto profissão.

Assim sendo, o bacharel em Relações Internacionais (ou Internacionalista) é o profissional que melhor se dedica à preencher as lacunas de entendimento relacionadas aos assuntos internacionais. Ele se afasta do senso comum, estabelecendo uma visão crítica e globalizada dos fatos. E, para homenagear esta profissão tão nobre e importante para a comunidade internacional, foi estabelecido o dia 26 de Setembro como o Dia do Internacionalista. 

Para os que acreditam que a responsabilidade da condução e a compreensão dos assuntos internacionais pertencem exclusivamente aos diplomatas, aos políticos, ou a grupos restritos, vale ressaltar que o cumprimento das Agendas Públicas, bem como a superação das barreiras do desenvolvimento cabe aos mais diversos atores que formam o Sistema Internacional (SI). Isto depende da articulação entre os setores públicos, privado e civil, e, claro, de um “articulador”, bem representado na figura do internacionalista, indivíduo especialista e profissionalmente seguro para tal.

O trabalho deste profissional, com formação multidisciplinar e domínio de idiomas, consiste em desenvolver análises da conjuntura política e econômica mundial, e conduzir as relações entre povos e organizações, tendo em vista o desenvolvimento e a defesa dos interesses do Brasil no exterior. Tamanha relevância justifica o interesse pela pesquisa e o enriquecimento acadêmico da área, inclusive na Amazônia, região geopoliticamente estratégica e de destaque internacional.

Deste modo, órgãos do governo, empresas e diversas Organizações Internacionais estão, cada vez mais, investindo na contratação de internacionalistas. Estes profissionais são capazes de assessorar ou liderar inúmeros processos, os quais envolvem desde questões institucionais, até as comerciais, além de ter ampla habilidade em mediar conflitos, através de acordos e tratados internacionais.

As relações internacionais evoluem junto à história, com o mesmo dinamismo e a mesma imprevisibilidade, imprimindo impactos para além das fronteiras espaciais. Além disso, refletem um cenário controverso, onde os Estados querem crescimento econômico, desenvolvimento humano, mas não sabem gerenciar recursos naturais e as oportunidades da sustentabilidade. As nações, diante da interdependência, necessitam cooperar e integrar, mas não conseguem derrubar os muros construídos pela intolerância, e cada vez mais fortalecidos por conflitos étnicos e religiosos.

Por fim, optar pela carreira de internacionalista não é para qualquer um, poderia até ser, se não fossem as demandas difusas e desafiadoras do mundo contemporâneo. É preciso dedicação e senso analítico diferenciado, para mergulhar na leitura de diversas áreas: política, econômica, militar e cultural, bem como as teorias de Relações Internacionais. Além disso, necessita de maturidade intelectual suficiente para entender o jogo de interesses e as disputas de poder (tão próprios das relações internacionais) para adentrar este mercado de trabalho, exigente sim, mas amplo e promissor.

E, como dito anteriormente, se as Relações Internacionais evoluem com a história, os internacionalistas caminham com o futuro.

Parabéns a todos os internacionalistas!

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